sábado, 3 de março de 2018

Hidropsia fetal na ultrassonografia veterinária

A hidropsia fetal é uma alteração em que há acúmulo de líquido em cavidades e também no tecido subcutâneo do feto. Com isso, há aumento do volume fetal que pode levar a distocia obstrutiva no momento do parto. Essa condição aparece com mais frequência em raças braquicefálicas.

O acompanhamento gestacional é importante para avaliação de viabilidade fetal e decisão do tipo de parto a ser realizado.


No vídeo, alguns casos ultrassonográficos de hidropsia fetal com acúmulo de líquido em cavidade torácica, abdominal e tecido subcutâneo.


Litíase vesical em felina


Verminose e a ultrassonografia veterinária


Esse vídeo mostra um caso de canino que apresentava diarreia e durante a ultrassonografia foi possível identificar os parasitas intestinais e leve dilatação de alças intestinais. 



sábado, 3 de fevereiro de 2018

Vídeo da adrenal direita em um cão

A adrenal direita fica medial ao rim direito, é mais cranial que a esquerda e adjacente a superfície dorsal da veia cava caudal, no espaço retroperitoneal. Esse vídeo mostra uma adrenal direita aumentada e sua localização e relação com a veia cava caudal. A aorta aparece mais dorsalmente. Vemos também o rim direito e o lobo caudado do fígado.




sábado, 27 de janeiro de 2018

Avaliação ultrassonografica da uretra peniana no cão


O exame ultrassonográfico do cão (macho) deve sempre incluir a avaliação da uretra peniana, especialmente quando há alguma suspeita de obstrução, sinais de incontinência, entre outros. Na avaliação ultrassonográfica podemos observar o prepúcio, a túnica albugínea, o osso peniano, a uretra, o corpo cavernoso e o corpo esponjoso.


O desenho esquemático mostra o pênis, o osso peniano que aparece como uma estrutura longitudinal hiperecogênica central. Ventral ao osso peniano está a uretra e nesse caso, as litíases e respectivas sombras acústicas. No vídeo, observem pelo menos quatro cálculos na uretra peniana de um cão.



quinta-feira, 25 de janeiro de 2018

A bexiga e as duas patologias mais comuns na rotina

As duas patologias de bexiga (vesícula urinária) mais encontradas nos exames ultrassonográficos de cães são cistite e litíases. 

No vídeo, a primeira bexiga não tem alterações, está normoespessa e sem sedimento. A segunda, tem parede espessada e uma estrutura formadora de sombra acústica (litíase), a última está pouco repleta, com a parede espessada e irregular (cistite). 

As causas mais comuns de cistite são inflamatórias ou bacterianas, mas também pode menos comumente ter causa parasitária ou fúngica. 

As litíases podem ser de tamanhos diversos, quantidades e formas também variam. São normalmente móveis e se encontram na porção dependente do lúmen. Normalmente apresentam um contorno curvilíneo, hiperecogênico e na maioria dos casos apresentam uma sombra acústica forte. Pequenos cálculos ou sedimento mineralizado podem aparecer como uma interface linear (como na figura abaixo).



Grande quantidade de sedimento mineralizado formando uma interface linear hiperecogênica com sombra acústica posterior


domingo, 17 de setembro de 2017

Ultrassonografia e obstrução intestinal

Alça intestinal dilatada e segmento posterior à dilatação com estrutura de interface brilhante, hiperecogênica e formadora de sombra acústica posterior


As imagens acima são de um paciente canino que foi levado para atendimento veterinário após algumas semanas de diarreia e emagrecimento. Durante o exame ultrassonográfico, foi visualizada uma porção do intestino com material hiperecogênico brilhante formador de sombra acústica posterior e leve dilatação de lúmen em segmentos craniais. Nesse momento, foi relatado que o animal comia de tudo, inclusive lixo. Ele foi encaminhado para cirurgia e o intestino estava repleto de lixo, plástico, plantas, etc...

Os corpos estranhos podem ter tamanhos e formas variadas. A presença de uma interface brilhante com forte sombra acústica posterior são altamente sugestivas de corpo estranho. As fezes no cólon também podem parecer corpo estranho, já que fezes compactas também formam sombra acústica. É importante observar se segmentos craniais ao material suspeito estão com acúmulo de gás e fezes, se há ileo paralítico (nesse caso mecânico) ou presença de peristaltismo não evolutivo.

Corpo estranho arredondado e estômago dilatado e com acúmulo de líquido e material particulado.

Nesse outro caso, o paciente apresentava vômito (sinal mais compatível com obstrução) e no exame ultrassonográfico, foi visualizada estrutura arredondada com forte sombra acústica posterior, além de acúmulo de conteúdo líquido particulado em estômago. Na cirurgia, foi encontrada uma bolinha de borracha.


Em 2011 foi publicado um artigo interessante (Veterinary Radiology & Ultrasound,  vol 52, n3, p248-255, 2011) -  comparando radiografia e ultrassonografia para o diagnóstico de obstrução mecânica do intestino delgado em cães com vômito. Nesse estudo, eles tentaram encontrar achados ultrassonográficos que fossem bastante indicativos de obstrução e que dessem mais confiança na hora do diagnóstico. A presença de fluido peritoneal não foi específica para obstrução, já que foi visto também em 20% dos não obstruídos. O número de contrações de intestino delgado e estômago também não foi específico, já que houve sobreposição entre os grupos (muitos pacientes não obstruídos apresentaram hipomotilidade por íleo funcional e hipermotilidade por causas não cirurgicas que causam vômito). Os exames ultrassonográficos foram mais precisos que os radiográficos. O estudo também frisou que encontrar uma alça de jejuno  dilatada (com diâmetro de serosa a serosa maior que 1,5 cm), com as camadas da parede normais, é um bom indicativo para que o examinador avalie cuidadosamente todo o abdomen em busca de obstrução mecânica de intestino delgado.